sexta-feira, 22 de maio de 2015

Conversas Paralelas

Gosto de conversar, mas esta em demasia me causa repugnância.

Há algumas pessoas que se sentem inseguras quando os ambientes estão silenciosos demais, já que o silêncio para elas é um ambiente sonoro insólito apenas com aquela luz ambiente.
Elevadores, já experimentaram? Ficar em silêncio parece ser uma obrigação, e falar é o refúgio para ansiedade.
Existe aquela conversa no hall de um escritório, sala de espera de consultórios, filas de bancos, em todas estas situações, a conversa flui e parece um bate papo de louco. Todos falam tudo, como se você conhecesse-os há anos, sem medo algum de fies confidências.
Parece que aquela máxima de não conversar com estranhos nunca existiu. Os problemas genéricos, geriátricos, particulares e ou deficiências pessoais, são compartilhados em voz alta, e sem constrangimento algum, afinal todos estão ali para conversar sobre os seus problemas.
O casal diz que tenta uma inseminação artificial para conquista do seu sonho. Um homem compartilha que esta a procura de um remédio para queda de cabelos. A mulher ensina os segredos para uma pele lisa e sem estrias. Os anciãos reclamam que não querem mais continuar a ter suas labirintites agudas.
Na televisão, após a novela, passa uma vinheta de um programa sobre mediação de como todos podem se entender apenas conversando.   
Entretanto o jovem ao lado, pareceu não escutar nada, tamanha sua concentração na “conversa” no smartphone aproveitando wi-fi disponível.
Afinal: “Conversando a gente se entende”.

Saudações as conversas.

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