A educação e a prevenção têm se
reverberado um dos principais instrumentos para estancar questões que ainda nos
assolam como a fome, miséria, violência e o preconceito e investir
na infância parece concretizar de
vez a formação da cidadania para um alcance de princípios igualitários que
regem uma sociedade com significativo grau de desenvolvimento de Democracia e
de Justiça Social. Nesse passo, os nossos primeiros anos de vida parecem literalmente
ser o ponto de partida para que mudanças
aconteçam e que alcancemos estes ideais esperados. Logo, é necessário que as Políticas Públicas
e Educação não se desassociem, visto que países que têm adotado essas
estratégias, incorporando as crianças como artífices de uma construção social têm
efeitos animadores e nos incentiva a seguir o caminho de sucesso já trilhado. Ações
como as de projetos sociais em parcerias com as mais distintas esferas do Poder
público a fim de debelar as deficiências mais emergentes como saneamento
básico, estruturas escolares, melhores condições de aprendizagens em prol de
crianças em situação de vulnerabilidade social são requisitos mínimos que uma
infância necessita. No entanto, tratar a infância como a “melhor idade” e que o bom é ser
criança, tem ficado nos longínquos
desenhos animados assistidos por todos nós na infância pela qual infelizmente deixamos para trás. Com passar dos anos, amargamos e
deixamos de acreditar e enfrentamos a realidade da ausência, da perda e da
incredibilidade. É bem verdade, que é necessário abrir os “olhos da infância”, mas ao mesmo tempo podemos perceber que as
coisas boas permanecem indeléveis dentro de nós, onde os sentimentos não
precisam de motivos nem dos desejos e ambições que a razão da maturidade nos insiste
em proporcionar. Há
quem diga que somos eternas crianças e que estamos sempre prontos para
aflorá-las e que depois de certa idade a criança que existe em nós nos
acompanhará de forma definitiva, porém com mais experiência. Vejo que quem não tem uma infância para
relembrar, desconhece o que é viver, pois só regressando ao passado,
transcendendo o presente, conseguiremos almejar um futuro. Feliz dia das crianças!
Textos, dicas, imaginação, reflexões, flagrantes do cotidiano, recordações do passado ou lampejos do presente, além de medos do futuro.
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
domingo, 20 de setembro de 2015
Saudades X Nostalgias
Alguns dias atrás enquanto
escutava uma canção dessas que faz irmos longe com pensamento, vi que a mesma
me trazia reminiscências boas, mas no mesmo embalo me causava frenesis ruins.
Fiquei pensando, de como pode em segundos, termos sensações tão distintas uma
da outra.
Eis
que descobri, que minhas lembranças com aquela canção são muito boas, ao mesmo
passo que minhas nostalgias também afloram. Logo também descobri, que nosso olhar para trás pode voltar de dois modos: Saudade
– Lembrança Boa. E Nostalgia - Uma lembrança que dói.
Assim, quando vejo algum lugar, e ou me convidam
para (re) lembrar minhas nostalgias em algum encontro, de pronto invento uma
fuga, para que eu não sofra naquele encontro que por certo para mim não será
muito agradável. Mas de outro lado, se o convite é feito para que possamos
afagar as lembranças esquecidas de outrora, não sou de titubear e vou logo
aceitando o convite.
Ora, nossas memórias são perpetuadas e são aquilo
que carregamos e nossas nostalgias são uníssonas às lembranças, assim como
naquela minha canção, não consigo desassociar uma da outra quando a ouço.
Ah a canção era: Elton John (Don't Let The Sun Go
Down On Me);
sábado, 1 de agosto de 2015
Vento Norte
Ele é sorrateiro (Talvez
nem tanto). Enlouquecedor. Bate as persianas e entra pelas frestas sem ser
convidado, é um invasor nato.
Pela manhã é o primeiro a
beijar e a “pegar pelos cabelos”
aqueles que se arriscam ao seu bom dia na varanda.
Em sua presença, saias e
blusas mais decotadas são despidas pelo seu “assanhamento”.
Na madrugada ele promove
uma algazarra não deixando ninguém dormir, forma seus redemoinhos, assovia e
balança placas que fazem um rangido ensurdecedor.
Varrer a casa em dia de
vento norte é tempo perdido, bom mesmo apenas para secar roupas. Mas será
preciso lavá-las novamente, para tirar a sujeira soprada e depositada pelo
vento.
Alguns dizem ser apenas um
vento quente, outros aproveitam o calor que normalmente é fora de época.
Ele é o termômetro do
humor, há os que o idolatram e os que os o detestam.
Dizem que é antecessor da
chuva, e que por vezes sua “visita” é por três dias.
Em dias de vento norte, é
possível encontrar gente dormindo em cafés, nos ônibus, na fila dos bancos,
qualquer brecha é motivo para um cochilo para recuperar aquele sono levado pelo
sopro do vento na madrugada.
Saudações ao Vento!!!
sábado, 27 de junho de 2015
Sonos e Sonhos
Que os sonhos nos
fascinam, não é de hoje, todos sabemos. No geral, lembramos de pelo menos
alguns de nossos sonhos. Mas os sonhos são tão misteriosos e ao mesmo tempo tão
reais que devem conter algum significado. Quem
nunca acordou com a sensação de que o sonho era uma realidade?
Vejo que os depressivos
detestam estar acordados, porém devem ter sonhos áureos, pois o sono para eles
é um alívio, é uma condição de paz e de tranqüilidade, ao contrário, da vigília
da vida que perece que lhes impõe um castigo.
Na verdade, a maioria dos sonhos quer dizer alguma coisa (penso eu), embora as opiniões sobre seu
exato significado sejam muitas, que podem envolver religião, ciência, cultura,
enfim.
Quando não é crivado
por sonhos, o nosso sono é um nada, é um vazio, um ingresso numa inexistência.
Mas não dá para imaginar como seria a vida sem o sono, enfrentar o duro combate
da existência sem nenhum intervalo provocaria uma vivência cruciante.
As crianças por sua
vez, dormem numa inércia absoluta, imagino que tenham sonhos infinitos, mas dormem
assim tão insistentemente porque não têm o que pensar, estão distantes de temer
o futuro e não possuem ainda um passado para lamentar, lamentar e ou comemorar.
E o que será que vem a
ser um sono agitado ou a insônia, senão que a pessoa está se recusando a
mergulhar no sono porque tem tantas coisas para fazer na vida, que não poderia
assim, diante dos compromissos, ficar inerte ao tempo e a vida dormindo.
Dizem que os sonhos seriam uma demonstração da realidade do inconsciente, aquilo que
muitas vezes queremos, muito embora os obstáculos e fenômenos sejam um entrave,
e nos impedem de eliminar a ficção e a situação que imaginamos para torná-los
compreesíveis e reais.
Saudações aos Sonhadores!
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Conversas Paralelas
Gosto de conversar, mas
esta em demasia me causa repugnância.
Há algumas pessoas que se
sentem inseguras quando os ambientes estão silenciosos demais, já que o
silêncio para elas é um ambiente sonoro insólito apenas com aquela luz
ambiente.
Elevadores, já
experimentaram? Ficar em silêncio parece ser uma obrigação, e falar é o refúgio
para ansiedade.
Existe aquela conversa no
hall de um escritório, sala de espera de consultórios, filas de bancos, em
todas estas situações, a conversa flui e parece um bate papo de louco. Todos
falam tudo, como se você conhecesse-os há anos, sem medo algum de fies confidências.
Parece que aquela máxima
de não conversar com estranhos nunca existiu. Os problemas genéricos, geriátricos,
particulares e ou deficiências pessoais, são compartilhados em voz alta, e sem
constrangimento algum, afinal todos estão ali para conversar sobre os seus
problemas.
O casal diz que tenta uma
inseminação artificial para conquista do seu sonho. Um homem compartilha que
esta a procura de um remédio para queda de cabelos. A mulher ensina os segredos
para uma pele lisa e sem estrias. Os anciãos reclamam que não querem mais
continuar a ter suas labirintites agudas.
Na televisão, após a
novela, passa uma vinheta de um programa sobre mediação de como todos podem se
entender apenas conversando.
Entretanto o jovem ao
lado, pareceu não escutar nada, tamanha sua concentração na “conversa” no smartphone
aproveitando wi-fi disponível.
Afinal: “Conversando a gente se entende”.
Saudações as conversas.
sábado, 28 de março de 2015
"Self-Control"
Realmente o autocontrole esta cada vez mais difícil para não dizer escasso. São dias de fúrias e descontrole comuns que nem as “Ritalinas” goela abaixo estão funcionando.
A impaciência e a ansiedade andam em sintonia, que parecem atacar as
pessoas nos seus âmagos.
As atividades físicas, por exemplo, estão demodê já que as pílulas do
corpo perfeito permitem o pecado da gula, e são mais “eficazes” não
necessitando ter a paciência de horas de exercício e equilíbrio.
As cirandas de amigos viraram pó nos álbuns de família,
substituídos pelos compartilhamentos das
redes sociais tão instantâneos quanto às reações de covardia e violência cada
vez mais desenfreada.
Ahh!!! Evidentemente que existem treinamentos e estratégias, para os que
têm dificuldades crônicas de comando de suas emoções, razões, prazeres, raiva,
enfim. Contar até 10 é o mais antigo (RS!). Mas há os que dizem que nem
contando até 1000 conseguem tê-lo (RS!).
O fato é que quase sempre precisamos refrear nossos impulsos para que,
por exemplo, um pequeno desentendimento entre colegas ou na família não se
torne algo enorme, que cause uma ruptura perpétua entre os envolvidos.
Na verdade sempre queremos burlar nossas limitações pessoais, sejam elas
nas mais diversas formas, já que ser
deprimido e impotente não é mais "comercial".
A infelicidade de hoje é dissimulada pela alegria obrigatória, que nem
sempre tem seu “self-control” já que
as emoções estão momentâneas nos frascos de Lexotan, tubos de Sorinan, frascos
de álcool, caixas de nitotinas, ecstasy, Cannabis Sativa, reticências,
reticências, reticências ...
Não
por acaso, que hoje se vende a felicidade e que esta se tornou literalmente uma
obrigação de mercado.
Saudações aos Self-Control!
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Pacheco Encontro: Amor, Carnaval
Pacheco Encontro: Amor, Carnaval: Nunca fui muito desse tal de carnaval, acho a euforia demasiada. Talvez pelas experiências de outrora enfim. Mas gosto de algumas cois...
Amor, Carnaval & Sacanagem
Nunca fui muito
desse tal de carnaval, acho a euforia demasiada. Talvez pelas experiências de
outrora enfim.
Tem gente que se apaixona no carnaval. É verdade! Mas outros apenas camuflam, e dão até um tempo nas suas atuais.
Mas gosto de
algumas coisas, como por exemplo, acho de uma cultura imensurável os enredos
das escolas de sambas, onde as mesmas fazem pesquisas e desfiles em apoteose cada
qual mais perto da história que por hora contam. Afinal como diz o próprio
samba enredo, é o maior show da terra.
Mas a “folia” colorida e sem um padrão certo,
de três ou quatro dias para os mais modestos, tem lá suas peculiaridades que
não podem faltar, como, homem vestido de mulher (e há quem goste de se travestir), apitos, confetes e serpentinas,
rei momos, rainhas, porta bandeiras, que extravasam suas emoções, fazendo com que tudo isso
faça parte de um mundo onde as fantasias afloram e os desejos e tentações ditam
o ritmo. Ao fundo, “marchinhas”,
encaixam um “trenzinho humano” que
não para de crescer.
Máscaras, sombras,
brilhos e purpurinas desfilando, abrem passagem para a orgia.
A nudez vestida de luz brilha
como nunca, e desperta desejos e sensações, daquelas que ficam dissimuladas o
ano inteiro.
Ahh!!! Fantasias... Fantasias... Fantasias...
Tem gente que se apaixona no carnaval. É verdade! Mas outros apenas camuflam, e dão até um tempo nas suas atuais.
Juras de amor?
Evidente que existem. Mas infelizmente viram cinzas, assim como as lágrimas, os sorrisos e
as mentiras uma semana depois num enterro de ossos fictício em que o que vale é viver o
presente e lembrar o que passou. Mas
saber que ano que vem tem mais um carnaval.
"Hoje eu vou tomar um porre não me socorre que eu to feliz, hoje eu vou de bar em bar, viver a vida que eu sempre quis".
(Samba Enredo 1991, "De bar em bar")
Saudações aos Carnavalescos..
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
Chuvas de Verão
O clima cada vez mais segue a tendência fashion já encontrada
em outras esferas da sociedade e dos governos e
resolve aderir também agora (alias não de hoje), à total falta de planejamento.
Sol, chuva, frio e calor no mesmo dia, são algo
tão comum quanto seu time de futebol na TV aos domingos. Os “ecochatos”, diriam que tudo isso em relação
ao clima, são coisas do aquecimento global. (Embora chuvas de verão aconteçam
desde sempre).
Eis que aquele dia que você acorda e sem
prospecção de nenhuma chuva, decide ‘sair
verão’. Para eles, um ‘modelito’ sandália e regata para os mais assanhados e
fortões. Para elas, um short e uma blusa gris de alcinha para exibir o bronze, afinal,
o inverno já foi a léguas, e o carnaval bate a porta.
Saí de casa com o asfalto seco, dois
quarteirões pra frente já estava chovendo, coisa de um quilômetro adiante tinha
enxurrada forte, dessas que a gente tem que esperar pra passar um carro de cada
vez, dois minutos depois já tinha sol brilhando de novo.
E o tempo ficou assim boa parte do dia. Primeiro
abria o céu azul, vinha o sol forte, de repente fechava tudo e começava a
chover.
Eu não falo japonês, mas minha limitadíssima
imaginação japa me diz que o pessoal lá em Tóquio deve chamar chuva forte de ‘toró’.
Pelo menos soa bem japonês, né?! Totalmente saído do nada e
aparentemente com o objetivo único: Pegar
todo mundo desprevenido.
Entretanto existem aqueles meteorologistas da
TV/Rádio, que dizem que lhe avisaram do
possível imprevisto, que leem os prognósticos de hora em hora, apenas para
mudar de opinião nos deixando loucos, cada vez que os fazem.
Bem, voltemos às chuvas, aquelas que são muito
fortes como as paixões de colônias de férias, intensas e marcantes, entretanto
passageiras, como aqueles nossos amigos temperamentais que aparecem de vez em
quando, brigando com todo mundo, e às vezes até fazendo estragos, mas nos dão
um prazer imenso em (re) vê-los.
E é assim, que da mesma platibanda é possível ver
todo este espetáculo e quase que no mesmo horário ver o céu ‘desabar’ no
final do dia, para no próximo ficar cor de fogo novamente com o sol parecendo
querer derreter a cidade, até a próxima chuva de verão.
Saudações às chuvas de verão;
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